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Quando você paga com cartão de crédito, para onde vai a informação?



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Todo mundo conhece a mecânica de pagar com cartão. Você o insere na maquininha, digita a sua senha e, em alguns segundos, tem uma resposta. Mas você já parou para pensar o que acontece com o seu número de cartão durante esses segundos?
A transação faz uma verdadeira volta ao mundo e passa por várias instituições da cadeia de pagamentos, antes de voltar para o estabelecimento comercial.
A maquininha pertence a uma adquirente, uma empresa especializada em processar as vendas que chegam do estabelecimento comercial, que é quem paga o lojista. Aqui no Brasil temos hoje a Cielo, a Rede, a GetNet/Santander e agora a Elavon, uma entrante norte-americana. Equipada com um chip 3G ou ligada à linha telefônica, a máquina remete o pedido para um servidor central para processamento.
Então, a adquirente pega o número de cartão e manda para a bandeira, que é a marca do seu cartão. As três maiores são Visa, Mastercard e American Express, todas americanas. O trabalho da bandeira é saber a qual banco seu cartão pertence e encaminhar para ele a transação. Todo banco que emite cartões precisa se conectar com uma bandeira, é assim que a compra é aprovada mesmo quando você está fora do país, onde ninguém ouviu falar do seu banco.
Por fim, o último passo é do banco emissor. Ele é o dono do cartão, que emite o plástico e mantém a relação com o consumidor. O banco recebe a transação da bandeira, vê se aquele cartão ainda é válido e se tem limite de crédito suficiente para aquela compra.
Depois de tudo isso, a transação faz o caminho de volta: banco, bandeira, adquirente, maquininha.
Ninguém faz isto de graça, claro! Cada ponto da cadeia pega um pedaço da taxa que é cobrada do estabelecimento comercial. Aqui no Brasil ninguém sabe ao certo como esse bolo é dividido, mas nos EUA as taxas são abertas para todo mundo ver.
Quando você pensa que o número de cartão faz essa volta toda em poucos segundos, pode ver que a cadeia de pagamentos é um sistema global e muito robusto. Da próxima vez que comprar com cartão, conte o tempo que a autorização leva. Se demorar muito, é provável que seja o 3G da máquina, e não o sistema!
Fonte: E-Commerce News



China deve se tornar o maior mercado online do planeta

E-Commerce News

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O mercado de comércio online da China deve ultrapassar os Estados Unidos ainda este ano, tornando-se o maior do mundo, em gasto total por cliente. É o que aponta um relatório recente da Bain & Company, empresa global de consultoria empresarial.
Entre 2009 e 2012, o mercado de e-commerce da China cresceu, em média, 71%, enquanto os Estados Unidos mantiveram o crescimento médio em 13%, no mesmo período, revela o estudo da Bain & Company. A pesquisa ainda mostrou que o mercado chinês deve alcançar a cifra de 3.3 trilhões de yuans (mais de US$ 500) até 2015. O relatório ainda destacou que, em 2012, o gasto total dos consumidores chineses em compras online chegou a US$ 212 bilhões, quase alcançando os US$ 228 bilhões dos EUA.
De acordo com outra pesquisa, da empresa chinesa de comércio eletrônico, Grupo Alibaba, os gastos online poderão ser responsáveis por metade de todo o consumo no varejo chinês, dentro de uma década.
A popularização da Internet e o acesso a dispositivos têm contribuído decisivamente para fortalecer esse cenário. Atualmente, quase metade da população chinesa, 1,3 bilhão, tem acesso à rede mundial, sendo que 80% desses acessos são realizados via smartphones ou tablets.
Lojas de varejo chinesas mudam suas estratégias de vendas
As empresas de varejo chinesas estão tendo que readequar suas estratégias de vendas para competir com os rivais online, que já ameaçam seus mercados em um cenário cada vez mais competitivo. Hoje, o Grupo Alibaba e a 360buy Jingdong são os principais e-commerces do país.
“É uma mudança drástica. Significa que você precisa estar Internet, gostando ou não gostando”, afirmou Serge Hoffmann, sócio da Bain e co-autor do relatório.
Embora represente uma pequena parcela do total de receitas, o crescimento das vendas online está superando com folga o das vendas offline. A Haier Electronics Group, empresa de eletrônicos business-to-consumer que opera dentro da rede Alibaba, viu sua receita de e-commerce saltar quase 500%, perfazendo 633 milhões de yuans, no primeiro semestre de 2013. Já a Suning Commerce Group viu seu e-commerce saltar para um negócio de 10,6 bilhões de yuans no primeiro semestre do ano. Um aumento de 101%, com relação ao mesmo período do ano passado.
“Um grande problema na China é que o varejo possui um custo extremamente caro. Investimentos em área e custos com trabalhadores margens que realmente impactam nas finanças de uma empresa. Em contrapartida, estabelecer uma loja online é extremamente fácil e seus custos são muito mais reduzidos”, explica Nicholas Studholme-Wilson, analista sênior da Sun Hung Kai Financial, uma das maiores instituições financeiras da China. O executivo apontou ainda que, muito em breve, as empresas de varejo terão que fechar suas lojas físicas, para reduzir custos, e torcer para que seus clientes agora comprem em suas lojas online.
Problemas com infraestrutura
Apesar dos bons números, a logística continua sendo um grande obstáculo para o desenvolvimento do e-commerce chinês. O Grupo Alibaba está trabalhando com empresas de logística chinesas para melhorar a infraestrutura do país como um todo, assim como as redes de distribuição, revela Shih.
A Gome Electrical Appliances, uma das maiores empresas de varejo de eletrodomésticos da China, já está mudando sua estratégia de vendas para acomodar a grande fatia de clientes online. Segundo Helen Song, porta-voz da Gome, somente no primeiro semestre deste ano a empresa fechou um total de 35 lojas, e o planejamento é se afastar cada vez mais do negócio físico para o online, impulsionados pelos novos hábitos de compra dos chineses. Atualmente, as vendas pela Internet representam de 5 a 6 por cento dos ganhos totais de 27 bilhões de yuans da empresa.
Fonte: E-Commerce News