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56% dos jovens brasileiros desejam ser o próprio chefe

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Novas ideias, um jeito novo de pensar e a vontade de fazer o que bem entende da própria vida. É assim que a nova geração, chamada de geração Y, se sente em relação a vida profissional. O ingresso dessa geração no mercado de trabalho desperta interesse de estudiosos em comportamento humano e causa impacto na dinâmica das organizações.
Considerada ansiosa, indisciplinada, tecnológica e ambiciosa, a geração Y são os jovens de 20 a 30 anos e que estão entrando agora no mercado de trabalho.  São antenados, gostam de trabalhar em equipe, questionadores, exigem feedbacks constantes e dão mais valor às empresas que têm gestão de recursos humanos eficiente.
Com todas essas características, os jovens se veem tentados a trabalhar por conta própria, pois, dificilmente se adequam as normas e cultura das organizações. Uma pesquisa realizada pela Cia de Talentos, agência de recrutamento, em parceria com a Nextview People, em 2012, mostrou que ter um negócio próprio faz parte dos sonhos de 56% dos jovens brasileiros e 51% deles pretendem empreender em até 6 anos.
Foi com o intuito de empreender e dar oportunidades a outros profissionais, que Luiz Alfredo Mattioli e Joaquim Santos Neto desenvolveram o New Boss – www.newboss.com.br – site direcionado a profissionais freelancers e empresas que querem contratar ou oferecer vagas sem custo algum. “A ideia do freelance é algo que nós dois, eu e o Joaquim, acreditamos que está cada vez mais em alta e o mundo todo está a beira de uma revolução do trabalho, onde as pessoas passam a ter mais consciência em suas vidas e consequentemente mais responsabilidade. O bacana de ser autônomo é que você, na maioria das vezes, não tem chefe e nem funcionário. São as suas decisões em conjunto com as do cliente que irão determinar o resultado do trabalho”, comenta Mattioli.
No cenário citado mais acima, a tendência freelancer vem para acolher esses jovens. Uma profissão que tem aumentado diariamente o número de adeptos pelos prós oferecidos por ela: flexibilidade de horários, trabalhar em casa, na praia, no escritório ou em qualquer outro lugar, autonomia, possibilidade de participar de todas as etapas do processo, e diversas outras vantagens.
Jaime Silveira, 27 anos, tem formação em Artes Visuais com ênfase em computação e é um desses jovens que decidiram ser o próprio chefe por não se adaptar às empresas em que trabalhou. “Optei por me tornar freelancer porque não encontrei estúdios de design no qual eu faria trabalhos que gostasse, que são mais voltados pro meio cultural, cartazes, etc. A partir daí, eu acabei não retornando a nenhuma agência por questões financeiras, os salários eram menores do que como freelancer”, comenta.
Essa necessidade de ser aceito e se adaptar ao mercado de trabalho faz com que os jovens profissionais mudem a estrutura de trabalho tradicional. Muitos se baseiam no exemplo dos pais, que trabalham muito e tem pouco tempo para a vida pessoal. Hoje, o jovem quer viver mais e trabalhar menos.
Para a Jornalista e mestre em Sociologia, Marina Oliveira, 26 anos, a realização profissional tem muito valor, mas a autorrealização tem um peso maior. “Cada vez mais estou me preocupando com minha vida social, no sentido de ter mais qualidade de vida, passar mais tempo com meu marido, cuidar da saúde e ter horas livres para o lazer e outros compromissos. É claro que o ideal é conciliar isso com uma carreira estável. Creio que quanto mais você se mostra no mercado de trabalho, mais possiblidade há de você ser reconhecido e poder viver bem”.
O fato de se importarem mais com a vida social, não quer dizer que os jovens da geração Y são descomprometidos. Eles apenas querem viver de uma maneira diferente da que as gerações anteriores estão acostumadas.
“Algumas pessoas simplesmente não se adaptam em ter um emprego com chefe e horários para cumprir, porém algumas das desvantagens em se trabalhar como freelancer é não ter salário fixo, mas dependendo do que a pessoa deseja, a flexibilidade de horários, aliada aos salários variáveis pode ser a melhor opção. Acredito que é sempre melhor poder ter segurança e estabilidade em um serviço, mas caso não aja adaptação ou a realização tão buscada, principalmente por muitos que fazem parte da geração Y, nada impede de buscar novos caminhos para conquistar autonomia na vida profissional”, analisa a psicóloga Gabriela S. Thomaz.
Devido a tantas diferenças em relação às gerações anteriores, o mercado de trabalho pode ser desconfortável para a geração Y por haver conflito de gerações. O jovem de vinte e poucos anos lida com profissionais de 40, 50 anos, que estão em outra fase da vida, tanto profissional, quanto pessoal. Sabendo que o convívio e a adaptação são difíceis, o desejo de Y’s querendo ser o próprio chefe só aumenta.
“O trabalho freelance é uma opção que surge para aqueles que desejam sair do ciclo de escravidão moderna, quem não quer estar preso a empregos monótonos que consomem sua vida e os resultados de seus esforços são apenas colhidos por outros”, argumenta Joaquim Santos Neto, sócio fundador do New Boss.
A geração Y pode ser considerada como o futuro da carreira freelancer, em que os jovens buscam realização pessoal aliada a uma carreira de sucesso. “É importante descobrir quais são suas prioridades, o dinheiro, o prazer, ou o tempo, por exemplo, e encontrar algo que promova seu desenvolvimento pessoal”, aconselha a psicóloga.
Fonte: E-Ccommerce News

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